segunda-feira, 11 de abril de 2011

O incerto amanhã. ( Reflexão sobre o atentado do dia 07.04.2011 no Rio de Janeiro)

"Talvez amanhã seja diferente...”. È isso que não quero dizer aos meus filhos, “amanhã quem sabe eles amem uns aos outros” ou então que “foi só dessa vez, não deve acontecer mais”.

Eu me refiro a frieza dos homens, a maldade estampada nos rosto das pessoas, o medo com que todos saem de casa todas as manhãs. Queria dizer ao meu filho que ele pode ir à casa do seu amiguinho sem me preocupar com o que pode acontecer a ele no caminho, pra falar a verdade queria até menos... Queria que ele pudesse ver o mundo de uma forma mais bonita, tendo medo apenas do “lobo mal” e não de pessoas.


As pessoas dizem que temos que ter família, umas dizem que temos que casar e ter filhos, mas só olham pra si, e eles nesse mundo de desastres naturais, em um mundo onde algumas mães abandonam seus filhos, onde pessoas passam fome todos os dias e outras se drogam, sem falar das que roubam das que matam às vezes até os seus próprios familiares.


Eu uma adolescente com pensamentos revoltados! È isso que algumas pessoas vão pensar... Mas pra falar a verdade vai muito além de revolta é mais que indignação, isso pode ser tristeza e medo.


Deus nos deu o livre-arbítrio e nós mesmos o escondemos, hoje, atrás de grades nas janelas e policias armados nas ruas. È assim que vai ser? Todos os dias pessoas matando e destruindo sonhos?


Sinceramente não é isso que eu quero para ninguém, principalmente para os meus... E as tempestades acabam com a felicidade alheia, onde será que essas crianças vão se abrigarem quando o respeito em fim sumir?


E a crença em Deus onde será que esta estará, onde está o amor ao próximo, o espírito de solidariedade. Pra que em fim ainda existe o natal se as pessoas não sabem mais amar.


Em fim onde erramos?Existe à hora em que as pessoas riem se abraçam e colocam seus filhos para dormir. Enquanto outras estão lá fora planejando ou executando “uma maneira de roubar aquele banco no qual aquele filho que a mãe acabou de colocar pra dormir trabalha e que talvez não escape do atentado.”.


As pessoas não pensam quando vendem armas? Será que o ser - humano voltou à pré-história ou enlouqueceu de vez? Amanhã será preciso então construir mais sanatórios do que casas? É isso que me pergunto quando acordo. O pior é não saber se eu poderei construir minha família.


Não quero que meu filho se perca nesse mundo onde os filhos não respeitam seus próprios pais, onde a família explora seus descendentes, onde ninguém sabe amar verdadeiramente ninguém.


A cada momento que se passa percebo que o mundo que viemos não é o mundo que vivemos tudo só piora. Peço a Deus todos os dias que olhe por nós, que dê força aos pais destruídos pela incompreensão de seus filhos, e também aos filhos que não tem o amor de seus pais.Amanhã se eu puder acordar irei sorrir e dizer a Deus:“obrigado por poder está mais um dia aqui, e que eu possa pelo menos fazer da minha história um caminho de amor, esperança e fé”.




Autora: Ramaiana Jatobá


Editor: Lucas Arantes

3 comentários:

  1. Parabéns Ramaina pelo seu texto.Costumo dizer que no dia que o ser humano cumprir com ao menos um dos mandamentos:"AMAR O SEU PRÓXIMO COMO A SI MESMO",tanta violência e crueldade terão fim.Sempre me faço uma pergunta:"SERÁ QUE OS SERES HUMANOS ESTÃO AMANDO A SI PRÓPIOS?",particulamente acredito que não.Senão não estariamos sempre chorando por sangue inocente derramado.Quem ama cuida.

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  2. rama eu ja li esse texto mas cada vez que eu leio esse texto e um momento unico

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  3. Fico muito agradecida com os comentários,espero estar sempre compartilhando minhas idéias com vocês.
    =D

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